Seja bem vindo(a) à Propriá, município do Estado de Sergipe, distante 98 km da capital Aracaju. Tem altitude de 14 metros, e é limitado pelo estado de Alagoas a nordeste e pelos municípios de Neópolis e Japoatã a sul. Possui uma área de 95,51 km². Sua população no censo de 2010 era de 28.451 pessoas, estimando-se que em 2021 seja 29 756 habitantes com uma densidade demográfica de 319,24 hab/km, segundo dados do IBGE.
Propriá teve origem no princípio do século XVII, quando foi instalada uma missão jesuita para catequese dos índios. O município, que comandava administrativamente várias cidades da região do rio São Francisco, era conhecido na época como “Urubu de Baixo” e pertencia a Cristóvão de Barros, conquistador de Sergipe, que doou em 9 de abril de 1590 ao filho dele Antônio Cardoso de Barros.No final da primeira metade do século XVII, as terras foram doadas pela viúva de Antônio Cardoso de Barros, D. Guiomar de Melo, ao genro Pedro Abreu de Lima. Diante da privilegiada localização às margens do rio São Francisco, que proporciona um rápido progresso, Urubu de Baixo foi elevada em 18 de outubro de 1718 a Sede da Freguesia de Santo Antônio de Urubu de Baixo, desmembrada da Vila-Nova do São Francisco. Em 5 de setembro de 1801, foi elevada a freguesia à Vila. A instalação da Vila de Propriá foi realizada com uma solenidade festiva em 7 de fevereiro de 1802. Através da Resolução Provincial nº 755 de 21 de fevereiro de 1866, Propriá recebe a categoria de cidade.
Propriá já foi a segunda economia do estado de Sergipe (a primeira era Aracaju) e liderava o comércio atacadista do Baixo São Francisco (Sergipe e Alagoas), sofrendo uma decadência desde a década de 1970. Mas por causa de más administrações e a decadência da atividade industrial e da importância do Rio São Francisco para a economia.
Sua economia atualmente está relacionada ao comércio, à criação de gado para corte e produção de leite e à proximidade com o velho Chico que promove a pesca de peixe e a criação de camarão em viveiros, assim como o turismo. Propriá tem tradição na fabricação de doces típicos, com destaque para o doce de batata, considerado o melhor do estado de Sergipe. Os doces do famoso Seu Félix, na rua da Vitória, são bastantes apreciados e comercializados em regime artesanal há mais de 70 anos. Balas, doces de banana, de goiaba, canela, os tradicionais tijolinhos de leite, doce de batata com goiaba, as queijadas fazem das delícias de Propriá souvenires que ganham o mundo. A fábrica de doces denominada de Josélia foi passada de geração em geração e hoje possui receitas com mais de sete décadas. O doce de batata é o carro-chefe da fábrica. Fica na rua da Vitória, centro de Propriá.
A fé e o profano estão presentes na Festa de Bom Jesus dos Navegantes, na qual milhares de pessoas participam da tradicional procissão fluvial sobre o leito do rio São Francisco. Acontece sempre no último domingo de janeiro. A cidade recebe milhares de fiéis advindos de todas as partes do país, há shows pirotécnicos, festas em mastros e musicais.
O passeio a pé por Propriá deve se concentrar na orla da cidade e no largo da Catedral Diocesana. Conhecê-los renderá uma boa fotografia. No centro do largo da igreja, a catedral em estilo gótico é uma das únicas do interior de Sergipe deste gênero, em homenagem a Santo Antônio. Do lado direito, velhos casarões, resquícios da colonização europeia, conferem a Propriá uma beleza bem singular. Na esquina entre a rua da Palma e o largo da Catedral, o casarão da família Seixas foi totalmente recuperado por novos proprietários. Em frente, um outro casarão revestido com azulejos portugueses pertencente à família Chaves, hoje é um restaurante bistrô.
O antigo hotel Status está em ruínas, porém, o edifício mostra os tempos áureos da cidade ribeirinha. Pode-se também apreciar o antigo prédio em ruínas do antigo Hotel Florelisa, datado de 1932 e construído pela empresa Odebrecht, considerado um marco da hotelaria de Sergipe. Próximo a ele, na rua de Capela, há um viaduto do final do século XX, também um marco da construção civil para a época.
Visite a orla da cidade, que tem bares e restaurantes, com vista privilegiada para o Velho Chico. É possível fazer um passeio de tototó pelo Velho Chico. O passeio pode ser negociado diretamente com os proprietários das embarcações na orla. A dica é procurar embarcações registradas na Capitania dos Portos e o passeio está garantido até os bancos de areia e a cidade alagoana de Porto Real do Colégio. Em canoas maiores, pode-se ir até a Ilha do Ouro, no município de Porto da Folha ou ir até a cidade de Neópolis. Na praia da Adutora, um banco de areia de água doce que fica entre as divisas dos municípios de Telha e Propriá, também pode ser adquirido o passeio. No final da tarde, apreciar o pôr do sol de um dos restaurantes localizados na cabeceira da Ponte da Integração Nacional, que fica na BR 101 e divide os estados de Alagoas e Sergipe. Do lado sergipano, há diversos restaurantes e lojas de bordados entre outros artesanatos. Também possui uma vista panorâmica da cidade.
Na praia da Adutora, um banco de areia de água doce que fica entre as divisas dos municípios de Telha e Propriá, também pode ser adquirido o passeio. A prefeitura de Telha é a responsável por esta prainha, que nos finais de semana é bem procurada por visitantes das duas cidades. O balneário fica a pouco mais de um minuto do centro de Propriá, na rodovia SE 202, sentido Amparo do São Francisco. Nos restaurantes simples, mas com bom cardápio e aluguéis de barcos à beira rio, não deixe de degustar do pitú, um camarão de água doce pescado no rio São Francisco.
Referências:
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