Seja bem vindo(a) à Pacatuba, cidade do Estado do Sergipe. Os habitantes se chamam pacatubenses. O município se estende por 373,8 km² e contava com 14.428 habitantes segundo censo de 2010. A densidade demográfica é de 38,6 habitantes por km² no território do município. Vizinho dos municípios de Ilha das Flores, Pirambu e Japoatã, Pacatuba se situa a 20 km a Sul-Oeste de Penedo a maior cidade nos arredores e a 113,2 km de Aracaju, via BR-101.
Antes mesmo da chegada definitiva em terras sergipanas dos portugueses, em 1590, acredita-se que os índios tupinambás já tinham, por aquelas bandas de Pacatuba, uma relação comercial com os franceses. No início de 1600, já se tinha notícia de um forte aldeamento na confluência do Rio Poxim do Norte com o Betume. Quem comandava aquele povoamento era o cacique Pacatuba. Quando Cristóvão de Barros invadiu Sergipe, cumprindo ordens do Governo da Bahia e de Felipe II da Espanha, que reinava em Portugal, deu-se uma matança generalizada. Todos os maiores recursos militares teriam sido usados. Cristóvão venceu os poderosos caciques Baepeba, Serigy e Siriry. Para a maioria dos historiadores, antes que as colunas de Cristóvão de Barros chegassem à região do São Francisco, os caciques Japaratuba e seu irmão Pacatuba acabaram se entregando aos portugueses e pedindo paz. Mas outros estudiosos discordam e acreditam que Cristóvão encontrou resistência sim, e venceu por conta da força militar.
Depois da conquista portuguesa, as terras da aldeia de Pacatuba foram anexadas à sesmaria de Pedro de Abreu Lima. Por volta de 1640, padres Jesuítas começam a levantar uma capela no aldeamento. Mas, em 1732, por ordem do Marquês de Pombal, os jesuítas foram expulsos e a missão religiosa, com todas suas terras em Pacatuba, foi entregue aos padres Capuchinhos. Em 1810, eles terminaram a construção da capela do povoado, e a dedicaram a São Félix de Cantalício. Por causa das férteis terras para a cana-de-açúcar, o povoamento crescia rápido. Existem documentos que afirmam que em 1808 já existiam por lá cerca de setecentos índios. O resultado é que, em 6 de fevereiro de 1835, uma lei provincial criou a Freguesia de São Félix da Pacatuba. O atual município de Japoatã foi incluído aí. Menos de trinta anos depois, a 13 de maio de 1864, a freguesia passava à vila. Mas a independência de Pacatuba só aconteceu na prática em 2 de maio de 1874, isto é, dez anos depois, quando se libertou do município de Vila Nova, que hoje é Neópolis. Em 23 de novembro de 1910, os pacatubenses foram surpreendidos com a criação do município de Jaboatão, hoje Japoatã, localizado na antiga missão jesuítica de Riacho do Meio. A reação em Pacatuba foi forte. População e autoridades não encontraram motivos para a perda daquele território. Várias representações foram feitas ao comando de Sergipe. A pressão foi tanta que o novo município de Jaboatão não chegou.
Tempos depois, a Lei Estadual 960, de 20 de outubro de 1926, transferiu a sede do município de Pacatuba para Jaboatão, ficando a cidade de Pacatuba reduzida à condição de povoado de Jaboatão. A reação das autoridades da vila também foi forte, mas desta vez não adiantou muito. Pacatuba passou quase doze anos como povoado. A luta dos pacatubenses era constante. Mas só em 28 de março de 1939, voltou Pacatuba à sua antiga condição de município, embora o distrito de paz continuasse em Jaboatão. Essa situação permaneceu até 1943, quando seu nome foi modificado de Pacatuba para Pacatiba, por conta da duplicidade dos nomes de vilas brasileiras. Só em 25 de novembro de 1953, Pacatiba foi transformada em cidade, sendo desmembrada de Japoatã e o nome voltando a ser Pacatuba. O município livre e independente só foi instalado em 31 de janeiro de 1955, quando foi empossado o seu primeiro prefeito, Manuel Ricardo dos Santos e, também, constituída sua Câmara de Vereadores.
Pacatuba trata-se de um município reconhecido pelas suas belezas naturais e uma delas é o Pantanal. Com quase quinze mil habitantes Pacatuba tem no turismo uma importante fonte de renda, assim como na agropecuária. Juntos, estes dois setores são a base da economia da cidade. O PIB de Pacatuba se distribui da seguinte forma: na administração pública (47%); setor de serviços (19%), agropecuária (22%); e indústria (12%).
O município esbanja beleza, com uma grande biodiversidade, sendo detentor de espécies únicas e bastante exóticas, como é o caso do jacaré de papo amarelo. O Pantanal de Pacatuba, também conhecido como pantanal nordestino, é uma planície inundada de águas límpidas derivadas do rio Poxim. Guarda um dos visuais mais interessantes de todo o Litoral Brasileiro, É o maior aqüífero do Nordeste, onde a água potável é abundante. São 40 quilômetros quadrados interligados por lagoas e cobertos por plantas típicas de áreas alagadas, como juncos, aguapés, aningas e macroalgas. Localizado no município de Pacatuba, o Pantanal reúne uma biodiversidade inigualável, conjugando na mesma região pantanais, manguezais, dunas, mar, Mata Atlântica e uma fauna muito rica, formada por lontras, capivaras, jacarés-de-papo-amarelo e mais de 100 espécies de aves. Um exemplar único em todo o Nordeste.
A região revela paisagens extremamente belas, intocadas e prontas para dar aos turistas o prazer de visitar um paraíso, onde fauna e flora ainda não sofreram interferência. É uma visão clara que, pelas bandas do Nordeste, há muito mais do que a beleza do mar e suas praias. A impressão que fica para quem chega ao Pantanal Nordestino é a de bandos de garças, que em revoada ocupam os ninhos construídos entre os galhos retorcidos da vegetação típica do manguezal. Um verdadeiro berçário de vida marinha, banhado por águas límpidas e transparentes do rio Poxim, um afluente do São Francisco. Totalmente preservada, a área guarda surpresas de emocionar o turista voltado aos programas ecológicos. Exemplo disso é a pequena estrada que dá acesso ao primeiro ancoradouro. Nela, cajueiros, mangabeiras (árvore da mangaba), mandacarus (espécie de cacto) e bromélias em flor dão uma prévia de como será o passeio pelo Pantanal.
Especialistas apontam por volta de 100 espécies catalogadas, entre elas, peixes, mamíferos, plantas e aves. A formação do pantanal de Pacatuba data de mais de 12 mil anos. A região tem cerca de 40 km² de extensão, sendo composta de bastante área verde como Mata Atlântica, manguezais e pântano. Pantanal Nordestino – O Pantanal de Pacatuba, desponta como um atrativo raro no nordeste brasileiro.
O que é possível fazer no local? Em pacatuba o visitante se depara com diversas opções de lazer como:
– Dunas: As dunas de Pacatuba passam por Ponta dos Mangues e Santa Izabel, são dunas paradisíacas, muito bonitas e propícias para a prática de esportes radicais.
– Prainha: A prainha fica no Povoado Ponta dos Mangues, ele é uma perna do manguezal dando acesso ao rio São Francisco, passando pela Ilha do Funil, chegando ao Povoado Cabeço.
Referências:
– Projeto Tainha de Turismo de Base Comunitária – Em Ponta dos Mangues é possível conversar com os moradores e entender como se dá sua organização comunitária, sua luta por sustentabilidade ambiental, cultural e econômica. Também há a possibilidade de entender os atrativos do local através da perspectiva dos moradores.
– Praias Ponta dos Mangues e Boca da Barra – A praia de Ponta dos Mangues fica a 23 km da Cidade de Pacatuba, no Povoado Ponta dos Mangues. Esta praia é uma perna de manguezal que dá acesso ao rio São Francisco, passando pela Ilha do Funil chegando ao Cabeço. A praia proporciona momentos singulares de paz, por ser uma praia deserta, lá é possível meditar e curtir toda aquela beleza natural. As ondas chegam, por vezes, a alcançar mais de 2 metros, sendo uma ótima pedida para os surfistas e aventureiros. Todo ano muitas tartarugas vêm até as suas areias para botar seus ovos, por isso o projeto Tamar atua na região junto com a comunidade para proteção das tartarugas.
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