Conheça Nossa Senhora da Glória em Sergipe

Seja bem vindo(a) à Nossa Senhora da Glória, município Sergipano localizado na Microrregião Sergipana do Sertão do São Francisco. Distante 126 km da capital Aracaju e com uma altitude de 291m, foi fundado em 1928 e era inicialmente chamado de Boca da Mata.

Vista Aerea da Cidade de Nossa Senhora da Gloria
Vista Aérea da Cidade de Nossa Senhora da Glória. Foto por divulgação.

A evolução política de Boca da Mata iniciou-se em 1922, quando a povoação passou a ser sede do 2º Distrito de Paz de Gararu, já com a denominação de Nossa Senhora da Glória. Seis anos depois, no dia 26 de setembro, passou à condição de vila e foi desmembrada de Gararu. Nessa época o município passou a pertencer à Comarca de Capela. Em 1922, a lei nº 835 de 6 de fevereiro, constituiu o então povoado “Boca da Mata” como 2º Distrito de Paz do município de Gararu. A partir daí, sua denominação oficial passou a ser Nossa Senhora da Glória. Em 26 de Setembro de 1928, deu-se a Emancipação Política do município pela lei nº 1.014.

O nome Nossa Senhora da Glória, segundo informam as pessoas mais antigas do lugar, foi iniciativa do Pe. Francisco Gonçalves Lima, seu primeiro capelão, que trouxe a imagem da referida santa, consagrada então padroeira do lugar, e o sino para a primeira capela.

Praca Matriz da cidade de Nossa Senhora da Gloria. Foto por divulgacao.
Praça Matriz da cidade de Nossa Senhora da Glória. Foto por divulgação.

Nossa Senhora da Glória possui uma área territorial de 758.435 km e com uma densidade demográfica de 42.96 hab/km² e uma população estimada de 37.715 pessoas segundo censo 2010.

Uma de suas principais atividades econômicas é a pecuária, com destaque para as atividades de bovinocultura, ovinocaprinocultura, suinocultura e a criação de animais de pequeno porte como frangos. A segunda atividade econômica mais importante é a agricultura, destacando-se a cultura de milho, feijão, (que ocupam grande percentual da área de lavoura do município: 14.271 hectares), algodão, mata, sorgo, capim buffel, capim pangola, palma forrageira, leucena, pasto nativa. O setor secundário no município ainda é pequeno, mas tende a crescer, tanto em tecnologia quanto em espécie. A cidade possui fábricas de sacolas plásticas, de artefatos de cimento, de esquadrias de metal, de móveis de metal e madeira, de artigos de tricô e croché, de chapéus, gorros e bonés e de vassouras. Possui algumas confecções de roupas. Produz ainda derivados da mandioca, conservas de frutas, pães, biscoitos e bolachas, sorvetes e picolés.

O Gloriense é um povo muito religioso, predominante no município do catolicismo. A Igreja Matriz Nossa Senhora da Glória, que passou a ser paróquia em 1959 e teve como primeiro pároco José Amaral de Oliveira, foi construída em terreno doado por um senhor conhecido apenas por Xixiu. Em 05 de janeiro de 1906 o Pe. Francisco Gonçalves Lima trouxe a imagem de Nossa Senhora da Glória, toda talhada em madeira com 45 cm de altura, que serviu de inspiração para o nome da igreja e da cidade. Também trouxe consigo o sino da igreja, que foram recebidos com grande festa e procissão

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Gloria. Foto por divulgacao.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória. Foto por divulgação.

Em Nossa Senhora da Glória acontecem vários festejos, entres eles destacam-se a Festa da Padroeira Nossa Senhora da Glória, que acontece precisamente no dia 15 de agosto. O município comemora o dia alusivo da padroeira recebendo turistas de toda parte do estado, com missa solene e procissões, além de atrações musicais locais e nacionais.

Procissao da Festa da Padroeira Nossa Senhora da Gloria. Foto por divulgacao.
Procissão da Festa da Padroeira Nossa Senhora da Glória. Foto por divulgação.

Outro evento importante é a Cavalgada e a Vaquejada que reúne um grande número de participantes percorrendo um trajeto do município de Glória ao município de Porto da Folha. Outro sucesso das cavalgadas é o RAID da amizade, onde um grande número de cavaleiros se junta para mostrar suas habilidades com aboios, toadas e  versos mostrando a garra do homem do sertão. Também acontece em Glória a Corrida de Jegue. A corrida de jegue é realizada sempre no último final de semana do mês de março com premiações avaliadas em até R $15 mil. Também é possível participar da Exposição Agropecuária e Festa do Leite, um evento que reúne expositores e visitantes em palestras, concursos e debates sobre temas relevantes ao desenvolvimento da bacia leiteira da região. Por possuir um vasto campo de produção leiteira Glória é denominada pelos amantes do sertão, como a capital do Ouro Branco.

Dentre os moradores de Glória destaca-se Cícero Alves dos Santos, o Véio, que é um artista sergipano que utiliza a madeira para representar o seu olhar inusitado sobre o homem e a vida no sertão nordestino. Véio,  exemplo de orgulho para a cidade e o estado de Sergipe. Suas obras são expostas dentro e fora do país. A obra de Veio valoriza o sertanejo e apresenta a realidade e a sensibilidade próprias do cotidiano do homem forte, guerreiro e sonhador. As obras de Véio são extraídas madeiras que já se encontram dispostas na natureza. O próprio Véio afirma que a árvore escolhida já se encontra “morta”, sendo sua tarefa como artesão dar-lhe vida. Logo após a extração da madeira, acontece todo o processo de modelagem e forma, finalizando em algumas peças um revestimento de tinta nas partes em que o artesão deseja destacar. Véio prefere manter suas peças em estado bruto para assegurar o aspecto rústico, típico do sertão. E são de vários tamanhos e cumprimentos, desde as maiores com cerca de dois metros, até as menores, não enxergadas a olho nu, apenas com o auxílio de lupa. Por estas miniaturas em madeira “Véio” ficou conhecido mundialmente entrando no Livro dos Recordes – Guinees Book.

O artista expõe suas esculturas em madeira de diversas formas recolhidas da caatinga, algumas são expostas a céu aberto no espaço entre a porta da entrada de sua casa e o seu ateliê. Quem quiser conhecer este grande artista deve se dirigir a sua Casa-Museu na BR- 206 no trecho que liga os municípios de Feira Nova e Nossa Senhora da Glória. Ao passar por essa região, no semiárido sergipano, o turista depara-se com uma cena jamais vista em nenhum outro lugar. A frente de uma casinha humilde construída com tijolos, sem nenhum aprimoramento e nem reboco, existem figuras pitorescas em que o viajante à primeira vista se espantará, por não saber ao certo do que tratam aquelas figuras imóveis. Estas adquirem diversas representações, são mulheres grávidas, cobras, cortejos fúnebres, seres imaginários…Todos alí no silêncio, apenas observando o mundo ao redor, vivenciando o espanto do viajante que fica a observar tamanhas figuras, imaginando-se em um sonho da vida real. É neste sítio chamado “Soarte” que reside o Véio, um homem de fisionomia simples, marcado pela vida humilde vivida no Sertão.

Cicero Alves dos Santos o Veio em seu atelie
Cícero Alves dos Santos, o Véio em seu ateliê. Foto por divulgação.
Frente da Casa Museu de Veio.
Frente da Casa, Museu de Véio. Foto por divulgação.
Obra Minimalista esculpida por Veio. Foto por divulgacao.
Obra Minimalista esculpida por Véio. Foto por divulgação.
Obras criadas por Veio. Foto por divulgacao.
Obras criadas por Véio. Foto por divulgação.

Ao passar pela região também vale a pena conhecer a casa de doces da Dona Nena. Os doces da Dona Nena são os sabores do Sertão de Sergipe em compotas. Umbu, mangaba, jaca, mamão, goiaba, doce de queijo, de leite batido, em bolas, com ameixa, doce de carambola. O ponto é parada obrigatória na rodovia SE 206, entre os municípios de Nossa Senhora da Glória e Monte Alegre de Sergipe. Dona Nena ganhou fama na região graças aos seus mais de 25 tipos de doces caseiros fabricados artesanalmente, vendidos todos os dias, das 7 às 18h.

Casa de Doces da Dona Nena. Foto por divulgacao.
Casa de Doces da Dona Nena. Foto por divulgação.

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