Seja bem vindo(a) à Lagarto, município sergipano localizado no centro sul sergipano a 78 km da capital Aracaju. É o terceiro maior município em extensão territorial do estado. Lagarto encontra-se sob o domínio da zona climática Agreste (Megatérmico Subúmido a Seco) que interfere nos processos de alteração das rochas, na esculturação do relevo, na vegetação e na formação do solo. Está inserido em duas bacias hidrográficas, é banhado pelo rio Vaza-Barris e Piauí e tem em suas terras dois dos seus principais afluentes, respectivamente, rio Jacaré e rio Machado neste, e rio Piauitinga e Caboclo.
A colonização das terras de Lagarto aconteceu no século XVIII, após a chegada de um novo grupo de colonos, o que deu origem às fazendas de gado e aos engenhos. Alguns historiadores defendem a tese de que Lagarto nascera no povoado Santo Antônio, distante seis quilômetros da atual sede do município, onde ainda existe o marco inicial erguido próximo à capela que leva o nome do povoado. Contam, ainda, que os habitantes da época saíram desta localidade por conta de um surto de varíola que vitimou muitos moradores, e se instalaram onde hoje se encontra o centro da cidade. Duas versões conduzem ao nome do município: a existência de uma pedra em forma de lacertílio, encontrada nas proximidades de um riacho; e o registro de um brasão com a marca de um lagarto, deixado por uma família de nobres portugueses.
As atividades econômicas estão expressivamente pautadas nos produtos agrícolas, destacando-se na produção da mandioca, milho, fumo e feijão e na produção da laranja, maracujá e mamão. Produz também banana e coco-da-baía nesta e tomate, batata-doce e amendoim. Em seus cultivos ainda encontramos plantações das mais variadas para subsistência ou para venda nas feiras e até como produtos de exportação, são os casos do tabaco, do milho, da pimenta e das hortaliças.
A população de Lagarto é mista, com predominância de ascendência portuguesa. A população do censo de 2010 mostra 94.861 pessoas, sendo 48,46% da população residente na zona rural, já a zona urbana tem 51,54%. A população masculina é de 49,02%, e a feminina é de 50,98%. Possui 33.532 domicílios.
Os grupos folclóricos fazem parte da cultura da cidade alguns continuam sendo preservados, tais como:
– Parafusos: grupo que retrata a fuga dos escravos para quilombos. Ao passarem pelas vilas, eles roubavam anáguas de linho com babados das senhorinhas. Depois de serem libertados, desfilavam pelas ruas da cidade com as vestes. Segundo o historiador Adalberto Fonseca, o termo “Parafusos” foi criado pelo Padre Salomão Saraiva, que ao ver da igreja os escravos com saias exclamou que pareciam parafusos dançando. A expressão pegou e durante muitos anos, o desfile dos parafusos fazia parte do calendário folclórico da cidade.
– Chegança: Grupo de dança que retrata a luta entre reis católicos e turcos, pela reconquista do trono português
– Taieiras: Grupos de moças com vestes orientais que dançam em torno de um mastro enfeitado, ao som de música de zabumba, enquanto rapazes espadachins encenam lutas para proteger o casal real.
– Cangaceiros: Grupos de homens vestidos como cangaceiros que relembram os atos de Lampião, visitando lojas e casas e pedindo comida e bebida, sob ameaça de agressão se não forem atendidos.
– Quadrilhas: Grupo de rapazes, moças e até crianças que dançam músicas juninas sob o toque da sanfona. São apresentadas geralmente por escolas e atuam nos meses de junho/julho.
Em Lagarto, as festas juninas são antecipadas com a comemoração da Silibrina. Para alguns é até uma brincadeira eletrizante comemorando a chegada das festas juninas. É comemorada há mais de 80 anos e é organizada pelos fogueteiros: Zé Canuto, Dedé fogueteiro, Canuto filho, Sr. Defino, Hamilton Prata e Domingos da Colônia 13. A silibrina é uma manifestação popular lagartense que acontece anualmente, precisamente na última noite do mês de maio, marcando assim o início do período de festejos juninos do município de Lagarto. A festa é regada à tradicional cachaça (dizem que para criar coragem nos participantes), e acompanhada pela zabumba, pelo triângulo e reco-reco. A atração principal da silibrina fica por conta da queima de fogos – como espadas, pitus e busca-pés -, numa manifestação que envolve quase todas as camadas sociais da cidade, sem distinção de cor, sexo ou idade. Para figurar como participante deste festejo basta ter coragem e fôlego, cair no meio dos fogos, deixar a adrenalina tomar conta do corpo, e ter traquejo para se desviar dos rojões e dos estouros.
Também é possível visitar O Balneário Bica é uma antiga reserva de água mineral e remanescente de Mata Atlântica, tornou-se local para banho nos anos 60. Na administração de José Raimundo Ribeiro, o Cabo Zé, transformou-se em um dos mais importantes pontos balneários do interior de Sergipe.
Existem também a Barragem Dionísio de Araújo Machado, construída nos anos 80, sob a administração de Artur de Oliveira Reis. A ideia era, através do represamento das águas do rio Piauí, melhorar as condições de abastecimento e de irrigação da região. Com o tempo, o afluxo de pessoas para o local fez dele uma zona balneária e de bares com outros tipos de atrativos, como a pesca e a diversão aquática.
Para quem gosta de turismo de aventura a dica é conhecer a cachoeira do Saboeiro. Ela está localizada no povoado de mesmo nome, e tem uma queda d’água que se popularizou nos últimos anos. Tem sido rota obrigatória para quem ama trilhas ecológicas ou simplesmente ama tomar banho em águas cristalinas.
Outro ponto de visitação é o Cristo da Fazenda Palmeiras. Está localizado no povoado Brejo em uma fazenda particular com acesso gratuito, vale a pena enfrentar alguns quilômetros de estrada de chão para conhecer este lugar. Ao subir as escadarias depara-se com o cristo onde se pode ver uma bela vista do pôr do sol , possui uma capela que fica no local, onde se pode ter contato com a Espiritualidade.
Referências:
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