Seja bem vindo(a) à Japaratuba, município localizado na região do Vale do Cotinguiba, no território do Agreste Sergipano, situado a 54 km de Aracaju. Possui uma área de 374,3 quilômetros quadrados estando a uma altitude de 79 metros. Sua população estimada é de 19.067 habitantes, segundo o censo de 2010 do IBGE com uma densidade demográfica de 46,22 hab/km².
O nome Japaratuba é uma referência ao rio Japaratuba. O termo “Japaratuba” é oriundo da língua tupi. Significa “ajuntamento de japaras”, por meio da junção “Japara” e “tyba”. O termo japara se refere aos terrenos arenosos, à beira-mar, alagáveis no inverno.
Desde a sua formação, estabeleceram-se engenhos em volta da missão, motivo pelo qual recebeu um grande fluxo de escravos. De acordo com o historiador Felisbelo Freire, o município chegou a ter mais escravos do que pessoas livres. O município também abrigou um dos mais importantes quilombos de Sergipe, hoje o povoado Patioba. Japaratuba foi emancipada em 11 de junho de 1859. Em 24 de agosto de 1934, pelo Decreto-lei 238, do então interventor federal coronel Augusto Maynard Gomes, a sede do município de Japaratuba foi elevada à categoria de cidade. O município mantém suas tradições, como a Festa das Cabacinhas, artesanato e grupos folclóricos.O município de Japaratuba está baseado na Agropecuária, com destaque para a produção de cana-de-açúcar, além da criação de gado de corte e da produção de leite.
Maior monumento artístico e cultural da cidade, a Igreja Matriz Nossa Senhora da Saúde pode ser vista lá no alto, pelo turista, antes mesmo da sua chegada à cidade, quando ainda está na BR-101. O templo, inaugurado em 1882, foi construído durante as Santas Missões. Os missionários iam até as pedreiras e voltavam em procissão, trazendo pedras para a construção da igreja. No dia 8 de dezembro, o município celebra e homenageia a sua Padroeira, Nossa Senhora da Saúde. Novenas, missas, procissão são realizadas. Shows musicais também fazem parte da programação.
O artesanato de Japaratuba é conhecido no Brasil e no exterior pela qualidade, preço e diversidade. É uma tradição passada de pai para filho. Os artesãos produzem peças das mais variadas como telas, rendas, tricôs, crochês, bordados, rendendê, ponto de cruz, crivo e linho, tecelagem, rede de pesca e jereré. Alguns artesãos se destacam pelos trabalhos em madeira, tabua, bambu e cipó, criando bolsas, vassouras, cestos, chapéus, covos e peças com material reciclado.
As pedreiras ainda são bastante utilizadas na região e em uma delas estão sendo encontradas verdadeiras preciosidades da paleontologia: fósseis marinhos que, segundo estudos, têm cerca de 100 milhões de anos. Uma curiosidade é que esses mesmos fósseis foram encontrados na Guiné Bissau, do outro lado do Atlântico, na África.
A guerra das cabacinhas acontece sempre na primeira semana de janeiro, é a mais tradicional das festas da cidade, quando ocorre grande manifestação cultural e folclórica. O artefato é produzido à base de parafina com destaque para a coroação do rei e da rainha do Cacumbi, ponto apoteótico da festa. Missas e procissão são realizadas durante os dias de festividade.
Peculiar em Japaratuba é a diversidade dos grupos folclóricos, cuja riqueza cultural é reconhecida internacionalmente. É um dos municípios mais ricos do estado quando o assunto é folclore, graças à influência da cultura negra. Destacam-se entre os grupos folclóricos o Cacumbi e o Maracatu de Dona, mas eles são muitos mais: Maculelê, Zabumba, Reisado, Guerreiro, Chegança e Pastoril.
O Festival de Artes Artur Bispo do Rosário, que acontece sempre em janeiro, já se consagrou como a maior manifestação cultural do Vale do Cotinguiba, com a realização de palestras, shows, teatros e apresentações de grupos folclóricos, que desfilam em cortejo pelas ruas, contando a história de um povo. Arthur Bispo do Rosário foi um dos artistas mais controversos da cultura nacional. Nascido em Japaratuba no ano de 1909, deixou sua terra natal na década de 20 para alçar novos voos no Rio de Janeiro, onde ingressou na Marinha. Esquizofrênico e paranoico, o artista passou 50 anos internado em uma clínica psiquiátrica, onde desenvolveu o seu talento, fundamentando suas criações pela lógica da loucura. Utilizava elementos do cotidiano para “reconstruir o universo”. Suas obras eram feitas com lençóis, sucata e linha que ele desfiava do uniforme dos internos. Ele dizia que suas obras eram para “ofertar ao Deus todo-poderoso no dia do juízo final”. Seu trabalho é reconhecido internacionalmente. Sua ossada está sepultada em Rosário do Catete, em monumento erguido em sua homenagem. Suas obras estão expostas no Museu Bispo do Rosário, localizado no Rio de Janeiro.
Um atrativo turístico localizado próximo a cidade de Japaratuba (litoral norte sergipano) é o Banho no Rio do Prata. O local é uma ótima pedida para quem gosta de se hidratar em um gostoso banho de lago a seis quilômetros da sede: uma nascente de águas cristalinas. Recomenda-se saborear a moqueca de peixe em um dos quiosques ou fazer piquenique. As águas do Prata também abastecem a cidade e os logradouros da região.
Outro atrativo é a Gruta do Capim Branco, localizada próximo ao Povoado São José da Caatinga. A Gruta do Capim Branco serviu de refúgio para os índios das redondezas no período da colonização dessas terras. O local também é conhecido como Gruta da Mulata. É muito interessante observar as raízes que caem dentro da caverna, com um formato que mais parece um provador de roupas. A luz que vem da superfície provoca um aspecto ainda mais surpreendente.
Referências:
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