Conheça Carmopolis em Sergipe

Seja bem vindo(a) à Carmópolis, município Sergipano, localizado a 31 km de Aracaju.  Possui extensão territorial de 56 km² de área, e tem divisa com JaparatubaRosário do CateteGeneral MaynardPirambu e Santo Amaro das Brotas. O clima é saudável, com temperatura  no verão aos 35 °C, e desce no inverno a 18 °C. As chuvas mais intensas ocorrem entre abril e agosto. Predominam os solos argilosos, com elevações de pequena importância. Banham o município o já citado Japaratuba, o Riachão e os riachos Mariquita e Diogo. A população estimada é de 16.937, com 294,15hab/km².

Rancho foi o nome primitivo de Carmópolis. Seu nascimento como povoado data do fim do período Colonial e início do Império resultando de um simples ponto de parada de feirantes, que se reuniam para atravessar em grupo a antiga mata do Bonsucesso, onde havia mocambos de escravos fugidos dos engenhos da Cotinguiba, que com frequência atacavam os viajantes. A denominação posterior de Carmo, tem sua origem provável na influência dos Padres Carmelitas da Missão de Japaratuba, os quais, segundo D. Marcos de Souza – Memória da Capitania de Sergipe – 1808, visitaram “as correntes dos dois famosos Japaratuba, dos dois deliciosos Lagartixos e do puro Siriry. Todos estes rios deságuam no mar, quatro léguas abaixo da Missão de Nossa Senhora do Carmo”. Do magnífico subsídio de D.Marcos de Souza à História de Sergipe, em que localizava a “Missão de Nossa Senhora do Carmo” quatro léguas acima da atual povoação de Pirambu, na barra do Japaratuba, tira-se a conclusão de que nenhuma dúvida pode ser suscitada quanto à passagem dos Carmelitas por Carmópolis, quando a atual cidade não passava de incipiente povoação. Data dessa época a construção da Igreja de Santana do Massacará, situada a pequena distância de Carmópolis. 

A história moderna de Carmópolis se inicia, verdadeiramente, em fins de 1963, quando a Petrobrás verificou a produtividade econômica do campo de petróleo existente no subsolo da região. O primeiro embarque de óleo, por ferrovia, para AracajuCatuCandeias e Madre de Deus ou Mataripe, data de fevereiro de 1965. Em 1967, construído o oleoduto Carmópolis – Atalaia Velha, elevou-se a produção diária para 10 mil barris. A estação inicial de Campo está a 4 km da cidade (Estação de bombeio de Bonsucesso). Após recolhimento, o petróleo é transferido até o Terminal de Atalaia Velha (47 km de extensão), localizado quase à beira-mar, próximo ao aeroporto de Aracaju. Em 30 de junho de 1968 existiam 178 poços de óleo, cujas reservas eram estimadas em 13,4 milhões de m³. A produção dos poços de Carmópolis, em 1967, alcançou 663.579 m³, elevando-se para 1,2 milhões de m³, em 1968, e, segundo estimativa, alcançaria 2.3 milhões de m³, em 1969. A economia também foi movimentada através das indústrias, agricultura e pecuária.                                 

Campo Petrolifero
Campo Petrolífero – Foto Divulgação

O Santuário do Monte Carmelo, localizado no município de Carmópolis, foi instituído como Patrimônio Cultural do estado de Sergipe, em 2020. A região traz em suas raízes uma cultura tradicionalmente religiosa, que é destaque, não somente em âmbito estadual como, no cenário nacional. Carmópolis tem uma forte presença carmelita, tradição que começou na região do vale de Japaratuba, a ocupação de elevações é uma característica dessa ordem religiosa. Romeiros e penitentes, durante todo o ano, percorrem a recurvada ladeira, que leva ao alto do morro, para pagar promessas ou agradecer às graças alcançadas, mas o momento que concentra maiores manifestações religiosas é o mês de julho, época da festa da padroeira, onde acontece uma procissão que reúne milhares de fiéis. Atualmente o Monte Carmelo é considerado como Complexo Turístico Religioso, que conta com restaurante, lojas de artesanato, altar e parque infantil, entre outros atrativos.

Monte Carmelo
Vista aérea do Rio Poxim. Foto por Divulgação.

Outra manifestação religiosa e cultural é o Samba de Aboio ou Samba de Bate-Coxa, grupo de influência negra que teve sua origem há muitos e muitos anos, quando ainda existia cativeiro. Conta seu neto Francisco da Mota que uma menina angolana chamada Tamashalim Ecuobanker foi vendida para o engenho São João, no município de Japaratuba/SE. Ela se casou e veio a ter uma filha chamada de Maria da Solidade, que por sua vez também se casou e teve três filhos, Manoel Francisco da Mota, João Francisco da Mota e Maria Benedita da Mota, que ao completar mais ou menos 10 anos de idade encontrou na margem de um tanque, uma estranha pedra e correu para casa dizendo ter encontrado uma boneca e sua avó. Tamashalim Ecuobanker tinha certos conhecimentos religiosos, lhe disse que era Iansã, à qual chamamos de Santa Bárbara. Então, se passou a comemorar o Festejo de Santa Bárbara em todos os Sábados de Aleluia e em todos os Domingos da Ressurreição.

Samba de Aboio
Samba de Aboio - Foto Divulgação.

Maria Benedita veio a falecer, e a sua mãe, Maria da Solidade continuou a festejar até sua morte em 1947, a partir daí seus filhos mantiveram a tradição até 2001. A festa de Santa Bárbara, através do Samba de Aboio tem à frente José Francisco Mota de Assis e conta com a cooperação de filhos, irmãos, sobrinhos e netos. O grupo dança em roda, defronte a sua sede, no Povoado Aguada cantarolando suas músicas, e sempre tem dois participantes no meio e estes, aproximam-se e colocam peito com peito, apoiando-se mais nos ombros e ambos afastam a coxa o mais que podem e choca-se num golpe rápido, sendo que após o contato, estes se retiram convidando outros participantes para continuar a brincadeira. Durante as festividades são fornecidos pirão de carne de bode e de galinha de capoeira.

Samba de Aboio para Santa Barbara, Aguada, Carmopolis-SE abril 2008.

Isto é Sergipe | Carmópolis

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